quarta-feira, 22 de maio de 2013

A ARTE POR TRÁS DA MORTE! (IMAGEM CHOCANTE)


Lágrima de sangue


S
erá com cer­teza uma das fo­tos do ano, este der­ra­deiro abraço.
Recorda-nos que a nossa exis­tên­cia, o nosso mundo e tudo o que co­nhe­ce­mos tam­bém pode ter co­me­çado as­sim, com um abraço en­tre um ho­mem e uma mu­lher. O con­traste mata-nos, de certa forma. Estes são os úl­ti­mos mo­men­tos da vida de dois tra­ba­lha­do­res traí­dos por um pré­dio em co­lapso, con­di­ções mi­se­rá­veis de se­gu­rança e de tra­ba­lho, e a cri­mi­nosa ne­gli­gên­cia de quem os con­tra­tou e ape­nas os viu como números.


A ima­gem da fo­tó­grafa e ati­vista ben­ga­lesa Taslima Akhter mata dis­tân­cias cul­tu­rais ou ide­o­ló­gi­cas, coloca-nos ine­qui­vo­ca­mente de acordo quanto às con­sequên­cias da ex­plo­ra­ção do ho­mem pelo ho­mem: a desumanização.

"Perturbadora, mas as­sus­ta­do­ra­mente bela», afir­mou a fo­tó­grafa à re­vista Time. «A sua ter­nura ergue-se so­bre os es­com­bros para nos to­car onde so­mos mais vul­ne­rá­veis. Torna-a pes­soal, e recusa-se a deixar-nos. Atormenta os nos­sos so­nhos. Silenciosamente, diz-nos: nunca mais."

A fo­tó­grafa não con­se­guiu sa­ber mais so­bre es­tas duas pes­soas: quem eram, que re­la­ção ti­nham um com o ou­tro, se eram co­le­gas de tra­ba­lho que não qui­se­ram en­fren­tar a morte sozinhos.

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